"Bater com estilo é para poucos" esse é uma dos lemas desse jogo, que poderá decepcionar alguns, mas em contra partida irá divertir outros.
Anarchy Reigns é um daqueles jogos perdidos que chegam no meio do turbilhão de grandes lançamentos do mercado. Deixado de lado até mesmo pela própria produtora, a Sega (cujo as mãos estão ocupadas com o novo Alien), seu lançamento tardio (e insosso) o colocou lado a lado com títulos como DmC e MGR (logo mais), e isso não foi uma escolha muito sábia. Contudo, Anarchy Reigns chega quase como um Power Stone bombado e cheio de estilo. E pelas mãos da Platinum, o que sempre é um bom negócio.
Reinando na bagunça
Se existe uma característica comum na maioria dos jogos da Platinum, é essa pegada 'anime' que é dada aos seus personagens. Anarchy Reigns conta a história do anti-herói Jack Cayman e sua luta interna por vingança ou um trabalho bem feito. As considerações referentes ao porquê de suas ações são passadas ao jogador durante a campanha para um jogador. Não existe uma reinvenção do gênero, apenas o puro bom gosto na hora de executar uma trama clichê sobre desvavenças pessoais.
Logo de cara temos de escolher um dos lados da trama. No 'Black Side' somos apresentados a Jack Cayman, membro da Chaser Guild, contratado por Jeannie Caxton para encontrar seu pai desaparecido, Maximillian Caxton. Pelo "White Side", Leonhardt "Leo" Victorion, Sasha Ivanoff e Nikolai Dmitri Buligyn, membros do time de ação especial Bureau Strike One procuram pelo ex-líder da equipe, Maximillian Caxton, acusado pelo assassinato de sua própria mulher. Aos poucos, somos apresentados a todos os fatos envolvendos os protagonistas da trama, com a campanha dividindo-se entre Black, White e Red Side (quando a história se encontra).
Se é possível destacar algo da campanha de Anarchy Reigns é o seu jeitão 'anime' de ser. Lutas insanas que acontecem durante as CGs entre as fases deixam tudo mais divertido e emocionante. É o jeito da Platinum consagrar-se como uma das últimas empresas produtoras de "jogos japoneses" - ao lado da CC2 - como uma verdadeira amante da arte oriental de fazer a pancadaria rolar com estilo. Piruetas, frases de efeito, balas sendo desviadas com o indicador, robôs gigantes e as famosas pedrinhas que levitam, indicando que agora a coisa ficou séria, está tudo lá, com a mesma excelência de sempre.
O visual dos personagens também mantém-se à par com o que vem sendo desenvolvido pelo estúdio. Tudo parece contextualizado dentro de um mesmo universo, independentemente da franquia. Anarchy Reigns é construído sob a base do mundo de MadWorld, mas é impossível não notar semelhança tecnológica com Vanquish ou o próprio MGR, que está para sair. Não é que isso seja verdade ou não, mas a referência do design e funcionamento meio que se mantém a mesma, transformando-se em marca registrada. Um exemplo prático disso é o personagem Durga, nitidamente inspirado no universo de Bayonetta, tanto no nome como nos movimentos.
Insert Coin
Apesar de parecer o contrário, não existe um sistema de níveis no modo offline do jogo. Do começo ao fim, não há aumento de força ou novas habilidades para serem descobertas, o que pode frustar um pouco alguns. O jeitão 'arcade' de ser também é explorado em como a missão se desenrola. É preciso acumular uma certa quantidade de pontos para abrir a próxima fase, seja ela parte da história ou não.
Cada capítulo de Anarchy Reigns conta com seis missões. Três delas fazem parte da história e outras três são missões paralelas que não interferem na trama, mas servem para acumular pontos e abrir novas fases (dentro de um mesmo arco). Ao término de cada fase, ganha-se uma medalha de acordo com a sua performance, e essa é a mecânica do jogo até o final.
Extras como eliminar 100 inimigos durante o 'free roaming' também garantem o destravamento de 'perks' que podem ser utilizados somente no multiplayer. Apenas alguns deles são conquistados durante a campanha offline, a maioria é adquirida durante o ganho de experiências no modo online e ranqueado do jogo.
Mas não pense que matar 100 inimigos entre cada uma das missões é uma tarefa fácil, como nos jogos da série Sengoku Basara ou Dynasty Warrors. O jogo fará de tudo para destruí-lo depois de um tempo. Bombardeios, caminhões em chamas, mutantes e todo o tipo de inimigo overpower vai dando as caras à medida que você não desiste. A parte boa disso é que a dificuldade dá um reset após o início de uma missão, e seu número de inimigos derrotados mantém-se o mesmo até que você seja derrotado no free roaming.
Todos os personagens contam com o mesmo arsenal de combate. Ataques fracos, fortes, agarrões e um armamento especial que marca a característica individual de cada personagem. Chamadas de Killer Weapons, cada lutador pode utilizá-la de acordo com uma barra limitadora de movimentos. Ao todo, quatro ataques fracos ou dois ataques fortes, que geram uma animação especial, caso conectados. Apesar dos combos limitados, é possível criar uma quantidade bastante confortável de variações, principalmente no modo online, contra adversários humanos, suscetíveis à física do jogo e todos os seus juggles (eles não funcionam muito bem contra o CPU).
Dos mais lentões, porém, causadores de um dano mais elevado, aos mais esguios, a quantidade de personagens de Anarchy Reigns é aprazível. Cinco deles derivados diretamente de MadWorld, além da participação especial - via DLC ou pré-compra - de Bayonetta, os 17 personagens não fazem feio perante uns aos outros. A parte chata é que só é possível utilizá-los no multiplayer - ou caso queira refazer alguma missão após terminar o game ao menos uma vez.
Here comes a new challenger
E por falar no multiplayer, prepare-se para um misto de emoções. Primeiramente, não há a opção de jogar Anarchy Reigns com um amigo offline. Talvez devido à proposta de manter a câmera sempre às costas do personagem, vai saber. Mas fica difícil não imaginar algo com uma visão mais distanciada e aberta, seguindo a linha 'Power Stone'.
A única opção para encarar a pancadaria coletiva é via PSN/Xbox Live e para nós, os problemas começam aqui. Não há muitos jogadores locais se dedicando ao game. O próprio Anarchy Reigns não fornece opções de pesquisa de jogadores além de América do Norte, Europa e Asia. E o lag encontrado nas partidas com estrangeiros é daquele tipo que cada um dos jogadores vê uma coisa. Quando acha que está numa boa, levando vantagem da situação, você já morreu.
Mas a quantidade de modos de jogo a serem explorados é reconfortante. Das Cage Matches para dois lutadores apenas, assemelhando-se em muito com a famosa Cúpula do Trovão, até o Battle Royale para 16 jogadores, encontramos todos aqueles modos tradicionais dos jogos de tiro - Deathmatches, Capture the Flag e até uma espécie de futebol americano um tanto quanto mais violento.
Os modos de jogo não são completamente regrados também. A qualquer momento, durante um Team Deathmatch, por exemplo, os bombardeios podem começar ou, do nada, aparecerem cinco mutantes dispostos a investir contra qualquer um que estiver no seu caminho. E uma morte, seja pelas mãos de um oponente humano ou via CPU, será contada como desvantagem para o seu time.
A seguir virá a nota dada pelo site game TV:
Lançamento: 08/01/13
Produtora: Platinum
Distribuidora: Sega
Gênero: Ação, Hack and Slash
Plataformas: Xbox360 e Playstation 3
DO QUE GOSTAMOS
História
Visual
Trilha sonora
DO QUE NÃO GOSTAMOS
Latência no multiplayer online
Falta de um multiplayer offline
Poucos segredos de fases
Não há sistema de evolução no single player
Estudante, dono e único administrador do site,é apaixonado pelos jogos de esporte, guerra e terceira pessoa.
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